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EDUCAÇÃO COREANA E BRASILEIRA
Em 1958, a Coréia do Sul e Gana tinham o mesmo PIB (produto interno bruto). Atualmente, a diferença é enorme, com a Coréia lá no alto. É o resultado de um esforço do governo coreano em conciliar o crescimento econômico e políticas educacionais. Após a 2ª Guerra Mundial, a educação passou a ser o centro da construção da identidadenacional, considerando que é impossível pensar em crescimento econômico sustentável sem investimento em ensino.
Durante os anos 60, muitos coreanos acreditavam que só os homens podiam chegar a universidade.
Hoje, todos os filhos, homens ou mulheres devem concluir os estudos. O investimento privado vem crescendo, enquanto o público se estabilizou.
Mas as escolas particulares são monitoradas pelo governo, que garante qualidade, controlando atentamente tanto a escola pública quanto a particular.
A Coréia do Sul investe de 4,6% a 4,8% do PIB em educação (em décadas passadas, o índice superou 10%). Cerca de 15% do orçamento nacional vai para essa área. Aqui no Brasil, há recursos para realizar mudanças estruturais, precisamos apenas de gerenciamento e transparência.
Os alunos coreanos vão à escola por gostarem, sem visar a prêmios ou recompensas materiais.
E os professores também não pensam em premiação, sendo monitorados para manter-se a qualidade de ensino.
(Sung Sang Yoo, diretor da ONG Educators Without Borders)