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APOSENTADORIA
PESQUISA APONTA: MULHERES NÃO ESTÃO PREPARADAS
O conceito de aposentadoria vem mudando muito nas últimas décadas, por vários fatores, como por exemplo, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros.
No entanto, para boa parte das pessoas ─ aquelas sem previdência privada ─, parar de trabalhar pode ser um susto, pela redução de renda a cada ano, visto que os reajustes de aposentadoria do INSS normalmente não acompanham as despesas crescentes. Por isso mesmo, veem-se obrigadas a regressar ao mercado de trabalho para manter seu padrão de vida anterior à aposentadoria.
Considerando que o trabalho é compreendido como atividade central para a construção da identidade humana, a perda da referência do trabalho na aposentadoria traz dúvidas, conflitos e dificuldades para a construção de novos projetos, especialmente se não houve preparo para a transição.
Contudo, a maioria das pessoas não se preocupa com o assunto e até vive sonhando com a aposentadoria, como se fosse um prêmio que irá receber, mas sem saber o que fará com ele.
Será cada vez mais necessário que aqueles que desejam ter uma velhice tranquila planejem com cuidado seu futuro financeiro. É preciso destinar parte considerável de sua renda mensal para esse objetivo, pois contar com o sistema previdenciário não pode ser sua única opção.
Pensar nisso, desde cedo, exige boa dose de disciplina, afinal de contas aposentadoria não é só guardar dinheiro, embora este sem dúvida alguma seja um pilar importantíssimo nesta fase da vida. Mas há outros ingredientes que contribuirão, ou não, para fazer com que o futuro lhe reserve divertidas e agradáveis surpresas. Uma aposentadoria tranquila depende de esforço durante toda a vida.
Pesquisa global
Por isso é que servem de alerta os resultados de recente pesquisa realizada pela Aegon entrevistando 16.000 mulheres em 15 países, a saber: China, Índia, Brasil, Estados Unidos, Holanda, Canadá, Reino Unido, Suécia, Turquia, Alemanha, Hungria, Espanha, Japão, França e Polônia.
A pesquisa revela que as mulheres, em todo o mundo, não estão tomando medidas que visem o planejamento da aposentadoria e 49% delas não estão confiantes de que serão capazes de manter um nível de vida confortável ao se aposentar.
É maior o otimismo, em relação ao futuro, entre a população feminina nos países emergentes. O Brasil aparece em destaque no índice criado pela Aegon para avaliar os hábitos de poupança e planejamento para esta fase da vida, chamado "Índice de Preparo para a Aposentadoria". As brasileiras alcançaram o segundo lugar ─ com nota 6,5 ─ ficando atrás somente das indianas, cuja nota foi 6,9.
Considerando os dados dessa pesquisa e tendo em vista o aumento da expectativa de vida, registramos aqui a nossa recomendação para que as mulheres comecem a planejar, desde jovens, sua independência financeira na aposentadoria. Além de também estabelecer metas que, na prática, possam ser a base de uma realidade que lhes permita continuar se realizando, sem perder de vista os papéis que assumiram na sociedade atual.