Em 25 anos, fevereiro registra em maior queda do emprego formal
O Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho, que registra desde 1992 as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada - com base em declarações enviadas pelos empregadores ao MT -, divulgou dia 22 de março o Brasil fechou 104.582 postos de trabalho em fevereiro com o agravamento da crise, mês com a maior queda do emprego formal em 25 anos.
Entre os Estados que mais fecharam postos de trabalho naquele mês temos o Rio de Janeiro (-22.287 vagas), São Paulo (-22.110 vagas) e Pernambuco (-15.874 vagas). Por outro lado, os 6 estados que contrataram mais do que demitiram foram o Rio Grande do Sul (6.070 vagas criadas) - líder em geração de vagas – e que também registrou saldo positivo de 3.220 empregos em janeiro; Santa Catarina (4.793); Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327); Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (com apenas 88 postos criados).
O que se constata é que o País eliminou 1.706.985 postos de trabalho nos últimos 12 meses, o que significa a diminuição de 4,14% no contingente de empregados com carteira assinada.
Diferentemente dos setores da economia que demitiram mais do que contrataram em fevereiro – como o comércio, indústria de transformação e construção civil -, o único setor a registrar mais contratações que dispensas foi a administração pública que criou 8.583 postos de trabalho no mês passado.
Levando em consideração o resultado de fevereiro, o País acumula o fechamento de 204.912 vagas formais de trabalho em 2016 na série ajustada que considera declarações de janeiro entregues fora de prazo.
Nos últimos 12 meses, mesmo com o desempenho positivo do Sul e do Centro-Oeste, todas as regiões registram fechamento líquido de postos de trabalho. Houve extinção de 959.958 postos no Sudeste, região que mais demitiu; em seguida temos o Nordeste, o Sul, o Norte e o Centro-Oeste.